O presente projeto se propõe a
investigar as possibilidades do Sistema Laban/Bartenieff na formação artística,
cientifica e pedagógica em dança. O objetivo central de tal pesquisa é analisar
as relações entre as categorias labanianas na formação em dança. Tal projeto é
dividido em três eixos de trabalho. O primeiro configurando-se como uma
pesquisa bibliográfica, sobre as categorias do sistema vinculadas a
investigações práticas pela própria natureza da teoria e da pesquisa. O segundo
eixo de analise pretende investigar as relações das teorias labanianas com o
campo universitário em dança. O terceiro eixo desta pesquisa se configura pela
analise do processo criativo sobre o universo feminino desenvolvido pelo
Coletivo Desdobramentos e suas relações com o sistema Laban/Bartenieff.
Coordenação: Elisa Abrão
Pesquisadores: Warla Paiva
Ana Carolina Wenceslau
Lanusse Jaime
PRODUÇÕES:
Rosas do Cerrado é um vídeo
produzido para comemorar os trinta anos da coreografia Rosas danst Rosas da
bailarina e coreógrafa belga Anne Teresa de Keersmaeker, coreografa da
companhia de dança Rosas.
A coreografia Rosas danst
Rosas foi concebida para palco e apresentada por dez anos. Após esta temporada
ela foi recriada e adaptada para o vídeo pelo artista multimídia Peter
Greenaway, ou seja, trata-se de uma proposta que foi pensada para o palco e
depois adaptada para a tela.
Na página da Cia Rosas está presente o
convite para que interessados de todo o mundo remontem este vídeo-dança e
enviem seus vídeos. Frente a isto o grupo Acessos ao Movimento sentiu-se
provocado a jogar com a proposta realizando o vídeo intitulado Rosas do
Cerrado. Para tanto, juntaram-se seis mulheres que buscam dialogar com
movimentos da coreografia Rosas danst Rosas e as especificidades do clima do
cerrado em seu momento de seca, vivido e sentido nas células de cada mulher e
de cada ser vivo que compõe o cerrado brasileiro. Colorindo tal investigação
estão os diferentes traços pessoais de cada uma destas mulheres, com suas
diferentes personalidades/histórias que se materializam na maneira de
experienciar cada gesto /movimento da proposta.
Na feitura deste trabalho o
grupo contou com a participação da artista plástica e figurinista Cris Alves
que em dialogo com a proposta do grupo desenvolveu seis vestidos, seis cores, cada
tom dialogando com a pele de cada mulher e com a pele que encobre o solo goiano
do mês de agosto e setembro. O processo contou com a colaboração e a percepção
aguçada de Débora Augusta da Silva mais nova integrante do grupo, que ficou
responsável pelo estudo da relação entre movimento e música acompanhando e
potencializando os encontros do grupo. E teve também a participação da equipe
da Fundação RTVE (Rádio e Televisão Educativa e Cultural) que, na figura de
Michael Valim e Vanessa Bandeira dirigiram as questões relacionadas a produção
do vídeo. O grupo agradece imensamente a Fernando que com seu olhar e sua lente
potencializou este trabalho e a Bruno Fiorese que finalizou o vídeo.
O grupo agradece a
participação de todos que se envolveram no projeto e que de alguma forma
contribuíram para o desdobrar do mesmo.
Apresentação da coreografia "Rosas do Cerrado" no Circuito da Igualdade Racial de Goiânia / 22 de Novembro de 2013
Pesquisas:
"Maria Duschenes: performances do movimento"
Pesquisadora: Warla Paiva
Esta pesquisa vem se construindo no interesse de estudar o trabalho pedagógico, artístico e metodológico desenvolvido pela bailarina, educadora e coreógrafa húngara Maria Duschenes (1922) na cidade de São Paulo, entre as décadas de 40 e 90 e seu importante papel na introdução, recepção e desenvolvimento dos preceitos e princípios da Dança Moderna no Brasil tendo como grandes referências as ideias, teorias, concepções e práticas de Rudolf Von Laban (1879-1958). Para tanto vem se construindo na/pela experiência vivida com alunas (os) de Maria Duschenes que estudaram com ela por mais de 20, 30 anos.
"A metodologia do balé clássico e seus
possíveis diálogos com as teorias labanianas"
Pesquisadora: Lanusse Jaime
Pesquisadora: Lanusse Jaime
Durante muitos anos
a técnica do balé permaneceu engessada em diversas maneiras de ensinar e
aprender. Corpos acomodados e muitas vezes privados de um auto conhecimento
trouxeram danos irremediáveis. A partir das consequências causadas pelo uso
inadequado dessa técnica, surgiram pesquisas que propunham soluções para tal
problema. A tradicional técnica clássica transita por outras linguagens
corporais? Como possibilitar um diálogo entre uma técnica codificada e as
limitações físicas de um aluno/bailarino? Talvez estas sejam uma das questões
mais complexas de se pensar hoje no ensino e na aprendizagem do balé. Estas
questões traduzem a minha necessidade de pesquisar e experimentar novos
caminhos para o ensino desta técnica. Portanto o tema central é: experimentar
os princípios labanianos para aplicá-los ao ensino da técnica clássica.
Ações:
Ação aberta ao público
Estudos Introdutórios em Laban
Formas geométricas feitas por alunos com canudinho
Projetos:
Improvisação
Improvisação e Consciência Corporal
O projeto de extensão se propôs a organizar os espaços-tempos abertos à comunidade para investigar corporalmente as possiblidades do Sistema Laban/Bartenieff. As ações se estruturam em momentos de consciência corporal, práticas de improvisação e processos criativos. Na busca de atrelar o tripé universitário tal projeto abarca a pesquisa das categorias labanianas vinculadas a investigação prática, a estruturação didático metodológica do ensino da dança e o acesso da comunidade a esses saberes, ampliando potenciais criativos.
Coordenação: Elisa Abrão
Aula de abertura, ação aberta ao público.
“Improvisação e Consciência Corporal” foi um projeto de extensão realizado na Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás durante o ano de 2013.
O projeto é uma iniciativa do grupo Acessos ao Movimento coordenado pela profª Elisa Abrão e foi executado por estudantes do curso de licenciatura em dança vinculados ao Laboratório de Poéticas Corporais e Tecnologia.
No primeiro semestre de 2013 assumiu o projeto as estudantes Karine Januária e Ludmilla Lima. No segundo semestre de 2013 estiveram à frente as estudantes Ana Carolina Wenceslau e Karine Januária.
A iniciativa se propôs a organizar os espaços-tempos abertos à comunidade para investigar corporalmente as possibilidades do Sistema Laban/Bartenieff.
As ações se estruturaram em momentos de consciência corporal, improvisação e processos criativos.
Na busca de atrelar o tripé universitário, o projeto abarcou a pesquisa das categorias labanianas vinculadas a investigação prática, a estruturação didático metodológica do ensino da dança e o acesso da comunidade a esses saberes, ampliando potenciais criativos.
Extrapolando as propostas iniciais a turma de extensão participou de espaços de improvisação organizados junto aos alunos do curso de dança, relacionando e entrelaçando ainda mais o curso e a extensão. A partir dos conteúdos técnicos desenvolvidos em sala de aula a turma se percebeu preparada para integrar também outras ações como o encontro de composição instantânea, dirigido pela profª Elisa Abrão e orientado pela artista convidada Ceila Portilho.
Ações dessa natureza fortalecem a extensão dentro da unidade de ensino e possibilita o acesso aos saberes do campo labaniano à comunidade de Goiânia.
Entrelaçando Cirandas
O presente projeto de extensão é uma parceria entre o Grupo Acessos ao Movimento da UFG e Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte. Tal parceria tem a intenção de realizar encontros para a formação continuada dos professores da Rede Estadual de Ensino do Estado de Goiás. A importância de entrelaçar estes dois coletivos que realizam ações de formação de professores de dança é possibilitar a reflexão sobre a prática pedagógica realizada nas escolas e realizar estudos teorico/pratica das propostas de Laban presentes na proposta curricular do Estado de Goiás.
Aulas, ações e experimentações
Mais Cultura:
"Arquitetura
da Corpo, arquitetura da Dança: movimento, escola e o Sistema Laban/Bartenieff
ou
Laban/Bartenieff
e os acessos ao movimento"
O presente projeto
que segue propõe o entrecruzar dos saberes relativos aos espaços do corpo aos
espaços da escola pela mediação dos conhecimentos desenvolvidos por Rudolf
Laban e Imigard Bartenieff, estudiosos do movimento e da dança. Para tanto
propomos aos estudantes uma investigação, experimentação e produção
artístico-estético das relações entre a Arquitetura do corpo e a arquitetura do
espaço escolar como potencializadores do fazer artístico.
A relevância de tal
projeto está atrelada a importância teórica de Laban nos mais diversos contextos
da dança como área de conhecimento. Apesar do reconhecimento da proposta labaniana
na investigação em dança, em diferentes esferas, o acesso com qualidade a este conhecimento
precisa ser ampliado.
As formações em
Laban ainda se configuram como espaços muitas vezes não acessíveis aos
professores e a comunidade em geral. Tal projeto pretende, então, fortalecer e garantir
o acesso a esse importante campo do saber em dança e movimento.
Essa ação busca
qualificar o ensino, a experimentação e a produção em dança, como também,
fortalecer a formação dos estudantes da escola, na busca de ampliar suas
capacidades criativas, seus repertórios de movimento, bem como seus
conhecimentos sobre corpo, espaço e dança.
Dança Coral Primavera de Duschenes
Elisa Abrão e Warla Paiva viajaram para participar do "Dança Coral Primavera de Duschenes" no Museu de Arte Moderna de São Paulo - Parque do Ibirapuera. (Setembro de 2014).
Congresso Abrace
Elisa Abrão participou de Workshop de Conexões Corpo-Espaço com Regina Miranda, VIII Congresso Abrace (2014). Belo Horizonte/MG.
Grupo Acessos Ao Movimento no XII Festival de Artes de Goiás
Grupo Acessos ao Movimento esteve presente ao XII Festival de Artes de Goiás integrando o GT Dança e a Mostra Audiovisual. O vídeo "Rosas do Cerrado" e a pesquisa "A metodologia do balé clássico e seus possíveis diálogos com as teorias labanianas" foram selecionadas para integrar a programação do evento. As integrante e pesquisadoras Lanusse Jaime e Ana Carolina Wenceslau viajaram para Goiás com o objetivo de trocas e diálogos. Participaram e marcaram presença em diversas oficinas, palestras, apresentações, mostras e debates estabelecendo conexões e construindo redes de conhecimento. O Festival teve como tema "ENREDOS" que tem como objetivo conectar, integrar, espalhar, enlaçar, entrelaçar, emaranhar, amarrar, tramar, tecer e fiar. Difundindo assim uma discussão ampla sobre arte, tecnologia, ensino e mídia.
O GT da dança foi formado por nove pesquisas de diversas vertentes e temas. O resumo da pesquisa "A metodologia do balé clássico e seus possíveis diálogos com as teorias labanianas" compôs a mesa que teve como apresentação a integrante e pesquisadora Lanusse Jaime. A apresentação do resumo obteve um diálogo a respeito da metodologia de ensino da técnica clássica e suas relações com o campo labaniano.
O trabalho apresentou uma discussão ampla sobre uma investigação a partir de um novo olhar de corpo e a relação de ensino e técnica. "O sistema Laban trás uma produção de novos sentidos que reverbera em novas interpretações da técnica clássica. Isso me leva a construir um olhar a respeito de um corpo e do ensino do balé". A pesquisa alcançou diversos comentários e discussões produtivas, gerando uma reflexão a respeito do ensino, da metodologia, da cena e do corpo permeado por novos sentidos e reflexões.
O festival obteve programações diversas que possibilitou potentes diálogos. A presença da Professora Andreia Dias Marques na oficina de dança contemporânea proporcionou uma vivência a partir do sistema Laban. A investigação e o processo de criação foram características marcantes do encontro. A técnica de Horton foi o norte dos exercícios e provocações, de fato um encontro potente que reverberou novos contatos e perspectivas.
Dentro da programação várias performances e mesas de debates aconteceram, proporcionando encontros por toda parte da cidade de Goiás.
O coletivo Cartográfico participou do Festival com o espetáculo "Instruções para o Colapso" que desorganizou a rotina e estabeleceu o colapso na Praça do Coreto. O coletivo possui uma parceria com o Lab. Poéticas
Corporais possibilitando maiores acessos aos eventos e cidades.
Uma das integrantes do coletivo participou com uma fala no debate "Enredando as Redes" que possibilitou uma discussão a respeito da fragmentação da arte e da construção de rede de diálogos e possibilidades.
A participação do Grupo Acessos potencializa o
lugar de pesquisa e prática dentro da Universidade, transbordando os espaços acadêmicos e invadindo outras esferas de trocas e vivências. Difundindo e defendendo um lugar de encontro e relações que possibilitam novos horizontes para produção de pesquisas e práticas.
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